domingo, 27 de novembro de 2011

Praying Prey (My Daddy's Hunt)

...

It would be wonderful
To laugh while People cries like a fool
I would be sullen fine
If I felt myself alright
With a sweet cool air on my neck
Like the claws of Pyrisantek

Incest, contest
They do it while I'm not there
I get angry and bad
They get dull and sad
Sucking tears to their throats' back

Cry, cry yet
Die, dying beat
My children want to make sex
My father wants to beat me

So I run to don't get inside
Don't want to be into my daddy's mind
To see the non-mystery shot of the gun
To don't be part of my daddy's hunt

I wanna live my scene
I wanna free'em from this
Take them away
From my daddy's sight
Live their way, no matter if they die
Leave the day to a stranger night
Forget to say the true, to don't live for a lie
The face in the mirror, does not look like
The way I walk away from the line

The moon is running still
While our lungs get hot on thrill
Fearing the fear of true
'Cause my daddy knows only one thing to do
His madness has two barrels and won't stop so soon
...
Ted/Lucas
November 27th, 2011

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Um Encontro Com Adão e Eva


Um Encontro com Adão e Eva

Dentro de minha mente soa uma vontade terrível de caminhar pela minha cidade infestada de um pessoal incrivelmente repugnante. A vontade deriva do fato de ser mais de meia-noite; o pessoal repugnante já adentrou seus "lares" e eu escapo do meu.
Vamos dar um passeio em meio à escuridão e a perda de noção. Noção do perigo. Lá fora os drogado esperam inutilmente por uma razão de viver. Crack. Eu passo por eles sem dar a mínima ao cheiro.
Não tomei banho mesmo. Volta e meia um vem me assaltar. Machuco sua perseverança advertindo-lhe que mal tenho as poucas roupas que uso.
Continuo meu rumo finito ao infinito de minha mente. Mas pareço parado do que andando, quando vejo estou correndo. Mas aonde? Por onde? Por quê? Quero nem saber!
Paro quando minhas pernas acusam não dor, mas insatisfação. Respeito seu desejo. Não sou eu o dono delas, mas sim o cansaço.
Quero dar uma olhada naquela faixa fútil de luz que surge do nada de uma casa parecida com a minha.
Aqui era um manicômio.
Aqui eu deveria ter nascido.
Sou um estranho nesta cidade.
Lá dentro uma lanterna piscava no chão, clamando por alcalinas. Ao seu lado, uma imagem fosca de um braço que ia e vinha. Por cima dele uma carne podre entrava e saía de outra podridão. A primeira dizia “não devia ter entrado, sua putinha”, a segunda gemia. Na porta do prédio várias marcas de grafite e tinta exclamavam a proposta de uma “boa foda às 3:33 da manhã”.
O caminho termina na beira da praia. Pela orla de meu olho esquerdo vejo dois novos corpos que caminham juntos, um com o braço canhoto em volta do ombro do outro terminando com a mão no seio esquerdo do outro.
Ele a beija, ele diz que a ama, mas seu nariz ergue-se acima das nuvens. Seu amor é orgulho. Não de ter uma das meninas mais lindas que já vi, mas de ter sua “masculinidade” comprovada, pois ele a tem, seu braço a puxa e se apóia durante a caminhada, mas não a ajuda a caminhar; ele a possui e olha para a próxima que passa por eles, ela não liga, pois sabe que o ama muito para deixá-lo, e por isso ele olha, pois ela sempre vai estar lá como um estepe.
Mas num milésimo de segundo enquanto passam por mim, o olhar frágil, triste e confuso da bela garota, escala na minha direção e se fixa no meu olhar. Seus orbes penetram no meu, e eu transpasso a ela tudo o que pensei por ter deixado seu olhar transpassar a mim sua posição em relação àquela relação. Ela se envergonha.
Ele parte para cima de mim, gritando, impondo-se a si mesmo um caráter patético de macho. Eu nada digo. Apenas deixo o recinto em plena audição. Sempre fiz isso.
Não lutei por mim mesmo, por que lutaria por ela?
Ele continua a gritar e dá uma tapa nela chamando-a de vadia.
E então respondo a mim mesmo que a amo.
Espatifo a imagem do patife contra o chão feito de areia.
Lá mesmo ele se enterra.
Ela pede socorro. Ela corre.
Ainda assim, não sou merecedor de um pouco de amor. Fervo diante da ideia. É a manhã se aproximando de novo, querendo com o sol iluminar minha idiotice e revelar a hipocrisia dos que estão para acordar, não quero estar aqui para ver, sou só mais um deles que resolveu sair à noite, que resolveu agir inutilmente por uma causa além da sua própria. Vamos lá dormir de novo. Vamos sonhar mais um pouco. E chamar tudo que é diferente de louco.


Ted/Lucas
Novembro 8º, 2011

© Messed Room

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Amor Não Deveria Rimar Com Dor

Amor Não Deveria Rimar Com Dor

O que sinto por ti não deveria ser o que sentes por mim?
Minha esperança não deveria ser por vingança.
Minha paz não deveria ser só mais um "mas".
Amor não deveria rimar com dor

Pois então estão do jeito que são. Meu corpo e alma vagam no mundo em eterna solidão. Meus sonhos vêm, meus sonhos vão. Minha esperança por nós é para você mais um sonho em vão. Uma doce e assassina ilusão. Injúrias da mente enviadas ao coração.

 Uma vida perdida de um amor sem calor. O frio da morte em todo o seu rancor. À beira do túmulo meu corpo em estupor clama pela existência de um Senhor. Uma carta escrita em prosa de dor. Numa tinta sanguínea, mas de aparente morte-cor. Murchando para mim, mas dando-te a felicidade, deixei de entregar minha última flor.

E assim deve ser para não mais te magoar. E assim deve ser para você não mais me culpar. Mas essas culpas eu devo sempre por ti carregar. Essas culpas nunca deverão me deixar. E depois de um tempo, com sorte, a ignorância talvez venha me visitar para uma vez só a sua imagem de meu corpo venha a se apagar. Como apagado fui dos olhos Dele, que fez questão de me abandonar e me castigou fazendo-me te amar.

Lucas Tomé
8 de setembro de 2011

quinta-feira, 21 de julho de 2011

FILMES, BANDAS, OBRAS-PRIMAS

FILMES DE BANDAS E SUAS PRINCIPAIS OBRAS

Esta postagem selecionaria os filmes-biografias de bandas ou de um artista de uma banda. Mas na verdade não há “muito” o que se postar, portanto resolvi por os melhores que encontrei.

- CAZUZA – O TEMPO NÃO PARA (2004) -
Cartaz do filme.
Encabeçando a curta lista, o brasileiro Cazuza de 2004 dirigido por Sandra Werneck e Walter Carvalho, e com roteiro por Fernanda Bonassi e Victor Navas, baseado no livro Cazuza, Só As Mães São Felizes, escrito por Lucinha Araújo (Mãe de Cazuza) e pela jornalista Regina Echeverria. Em homenagem a uma das maiores imagens do rock já tida no Brasil, este filme relata a vida de Cazuza, até sua morte em 1990, passando claramente pelas drogas, pelo sexo bissexual e claro… Rock’n’roll. Primeiramente integrante do Barão Vermelho, Cazuza deixou a banda para seguir carreira solo, foi neste momento que ele obteve maior crédito por suas canções inteligentes, poéticas e – para quem soubesse não só ouvir, mas entender – reveladoras àquela época e de certa forma, até hoje.

Cena do filme.

Provavelmente não há como dizer qual álbum da vida musical de Cazuza é o melhor, porém Exagerado e Ideologia são dois que muito marcaram trazendo dentro de si as músicas de mesmo nome que ainda hoje são escutadas e conhecidas mesmo muitos ignorem suas origens achando estas serem apenas fundo de comercial de televisão.

Capa do álbum Exagerado.

Capa do álbum Ideologia

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- THE RUNAWAYS – AS GAROTAS DO ROCK (The Runaways, 2010) -
Pôster do filme fazendo referência à canção
Cherry Bomb (Cereja Bomba)
Este filme conta a história da banda dos anos 1970 nos Estados Unidos, The Runawyas. Envolta numa área primordialmente masculina, o Rock, a banda era composta totalmente de mulheres. O filme teve como diretor e roteirista Floria Sigismondi baseado no livro Neon Angel: A Memoir Of The Runaways escrito por Cherie Currie a vocalista da banda interpretada no filme por Dakota Fanning, o elenco conta também com Kristen Stewart, Stella Maeve, Scout Taylor-Compton.

Cena do filme.
O principal álbum da banda deve ter sido o seu primeiro, The Runaways de 1976 que inclui a canção Cherry Bomb, grande sucesso da banda e pôster do filme.

Capa do álbum The Runaways, de1976.

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- CONTROL – A VIDA DE IAN CURTIS (Control, 2007) -
Cartaz promocional do filme.

Uma área onde mulheres judias eram mantidas prisioneiras para servirem de objeto sexual aos nazistas, a “Divisão da Alegria” essa é a origem do nome definitivo escolhido pela banda Joy Division. O filme foi dirigido por um fã da banda, Anton Corbijn, roteiro de Matt Greenhalgh, baseado no livro Touching From a Distance de Deborah Curtis (mulher de Ian). O filme tem sua bela fotografia toda em preto e branco, o que aproxima ainda mais do clima às vezes psicodélico da banda, porém isto não ficou bem exposto no filme o que não faz do filme menos do que é. O título do livro faz referência à canção “Transmission”, já o título do filme faz referência a canção “She’s Lost Control”, a história é de que uma das clientes de Ian na agência de empregos onde trabalhava, teve um ataque epiléptico e morreu posteriormente em outro ataque, Ian sofria de ataques epilépticos também.

Cena do filme.

Joy Division foi uma banda de dois álbuns apenas, Unknow Pleasures de 1979 que traz as canções She’s Lost Control e Shadowplay, e Closer de 1980 que traz a canção Heart And Soul. Mesmo assim, talvez o mais conhecido álbum da banda seja na verdade uma compilação, “Substance” de 1988, após a morte de Ian, que traz a canção Transmission. Joy Division teve influência provinda de Iggy Pop, Sex Pistols, David Bowie, Velvet Underground e The Doors. Uma grande característica da banda é seu estilo; lembra uma banda militar (muitas canções e até mesmo o nome da banda, falam sobre militarismo), a bateria de Stephen Morris principalmente.

Capa do álbum Substance, de 1988.

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- SID & NANCY – O AMOR MATA (Sid & Nancy ou Sid & Nancy – Love Kills, 1986) -
Cartaz do filme.

Romeu e Julieta de calças rasgadas e casacos de couro. Este filme retrata a época do surgimento de um novo estilo musical, o Punk Rock, relatando a vida do punk mais famoso, Sid Vicious, baixista da banda punk mais famosa, Sex Pistols que ia muito bem até Sid conhecer Nancy Spungen com quem dividiu seu momentos de rebeldia envolto de drogas e loucuras cheias de brigas e reviravoltas. O envolvimento com Nancy acabou por afastar Sid da banda. Nancy morreu devido a uma facada no abdômen, no Chelsea Hotel, supostamente assassinada por Sid que foi preso e após ser solto veio a suicidar-se por overdose de heroína. O filme expõe vários momentos de Sid com Nancy e o quanto, por mais que se maltratassem, se amavam muito. O filme conta como diretor Alex Cox, e como elenco Gary Oldman, Chloe Webb, David Hayman, Courtney Love.

Foto promocional de Sid (Gary Oldman) e Nancy (Choe Webb).

Sex Pistols não passaram de um álbum de estúdio, Never Mind The Bollocks – Here’s The Sex Pistols. Porém com este álbum surge o hino do punk rock, Anarchy for the UK, junto de God Save The Queen. Logo depois surgiu a compilação Kiss This, onde novas músicas foram introduzidas, incluindo “My Way”, cantada por Sid Vicious.

Capa do álbum.

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- THE DOORS (1991) -
Cartaz do filme.

Provavelmente este é o mais famoso e repercutido de todos os filmes biográficos de bandas, mesmo sendo mais voltado para o vocalista, mas sem Jim Morrison não há The Doors, tanto que a banda ainda tentou, mas não deu tão certo. Desde o acidente na estrada quando ainda era criança que marcou a vida de Jim Morrison, até o seu fim em Paris, o filme não cronológico de Oliver Stone capta vários momentos da vida da banda e de seu vocalista, mesmo tendo vários pontos falhos de associação dos fatos reais, deve-se perceber que este é apenas um filme baseado, apenas baseado na história da banda, não se deve comparar milimetricamente as duas histórias, até por que, quem melhor poderia contá-la, perdeu seu membro principal. Porém mesmo conflitando com a realidade, o filme dimensiona bem o âmbito do que eram os Doors. Jim, que antes se intimidava de cantar uma canção a frente de seu amigo, tornou-se o maior ídolo do Rock nos Estados Unidos. Usando de sua ousadia, seus shows sempre acabavam tendo tumultos e até mesmo, a prisão de Jim. Depois de um dos shows dos Doors, Jim acabou perdendo crédito e decidiu desistir da banda e ir morar em Paris com Pam. Onde termina o filme com a morte de Jim Morrison. O filme foi dirigido por Oliver Stone, teve como elenco principal, Val Kilmer, Meg Ryan, Kyle MacLachlan, Frank Whaley, Kevin Dillon, Kathleen Quinlan.

Cena da prisão de Jim Morrison.

Dizem que se os Doors tivessem feito apenas o primeiro álbum, ainda sim teriam sido o marco do Rock, e realmente, esse álbum contém muitas das melhores, porém muitas das mais famosas canções da banda, o que faz parecer que o resto não tem importância, isto é totalmente falso, lembrando que a canção que tornou o grupo famoso e que era pedida em todos os shows, Light My Fire, na verdade foi composta por Robby Krieger (o guitarrista), não por Morrison e sofreu várias alterações até chegar ao seu modelo final. No filme, o álbum The Soft Parade é desprezado sendo comentado como os “Doors se vendendo”. Porém, o álbum não parece perder a fidelidade pelo estilo da banda. Neste foram introduzidos outros elementos musicais, como já foi feito antes (em Break On Through, a melodia inicial e que segue é Bossa Nova), há também a introdução de novos instrumentos como o saxofone. Destaca-se do álbum as canções Tell All the People, Touch Me e The Soft Parade.

Capa do álbum The Soft Parade, de 1969.


sábado, 9 de julho de 2011

A Perda de um Exemplo Esquecido


Morreu ontem às 8h 10min, vítima de uma parada cardíaca, Billy Blanco, ele tinha 87 anos. Ele já estava internado a certo tempo no Hospital Pan-Americano desde que sofreu um AVC Quando vivo, Blanco foi conhecido como o precursor, ou o pai, da Bossa Nova.

William Blanco Abrunhosa Trindade, nasceu em Belém do Pará, em 1924 e mudou-se para São Paulo para estudar Arquitetura e depois Belas Artes no Rio de Janeiro, naquela época a Capital da República. Lá trouxe elementos novos ao samba. Chamou a atenção de personalidades como Johnny Alf, Dolores Duran, Tito Madi entre outros.

Depois do surgimento da Bossa Nova, foi logo indicado que Billy Blanco seria o precursor. Em 1960, junto de Jobim, compôs a Sinfonia do Rio de Janeiro, sendo também autor de outros grandes clássicos como Samba Triste, Mocinho Bonito, Canto Livre e Pra Variar. Blanco fez parcerias com Baden Powell, Tom Jobim, João Gilberto.

Billy é um exemplo de personalidades paraenses que morrem sem serem lembradas pelos próprios paraenses que arrogam quererem dar mais atenção para a cultura de seu estado.
Depois não podem reclamar quando um carioca diz, "damos valor a eles que vocês".
Pois é verdade.

O corpo de Billy Blanco teve data marcada de ser cremado hoje.



O Boto Falou
Billy Blanco

O boto falou
O verde é meu,
E os mistérios igualmente.
De onde vem toda essa gente
Se meter em nossas vidas.
É tanta associação de proteção
Falando de meio ambiente
Em nome das Nações Unidas
E o ouro é meu
O verde não está em crise
Portanto seu gringo, please
Amazônia é sagrada
Todo canto tem louro esperando vez

Para ser mais um bonzinho na parada

Não venham com a proteção que eu não pedi.
Amazônia é do Brasil e c'est fini
Jogando verde nos olhos da gente
Pra distrair
Enquanto o que eles querem é diferente
Já vi, já vi!
Basta os senhores deputados
E o Senado
Morarem na jogada, dando a decisão
- Amazônia é do Brasil.
Boto falou está falado.
Nela gringo nenhum põe a mão



quinta-feira, 23 de junho de 2011

Some Words that Came Out of the Blue(s)

Selfalse Interest

For you to know the interest of those
Who pretend to gather my infant choice(?)
In a school of dreaming nightmares
That you call hope and its followers
But you don't give any fucking stupid interest
For me, for thee, for crying babes
And your opened mouth
With lots and lots of looting shit
And RIPs forever in our minds

© 2011 Lucas Tomé

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Revelações e Revoluções Femininas

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Angelina Jolie como Lady Lara Croft
Lara Croft - Tomb Raider (2001)
e A Origem da Vida (The Cradle of Life, 2003)


A personagem Lady Lara Croft do vdieo-game dividido em eras, Tomb Raider, encarnada por Angelina Jolie mais uma vez em um papel de pura ação, diferente de seu papel em Girl Interrupted pelo qual recebeu o Oscar de melhor atriz coadjuvante em 1999. Porém, Jolie se encaixou bem no papel da personagem e teve boa aceitação do público. O segundo filme da série foi considerado melhor.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Diferentes Romances em Filmes


 Esta postagem fica como uma espécie de “comemoração” ao dia dos namorados.
Mas deveríamos saber que enquanto tivermos quem amamos nos amando, todo dia é dia dos namorados.

- Titanic (1997) -

O maior melodrama trágico não verídico do cinema de 90, o grande amor de Jack e Rose. Baseado na história desastrosa do navio Titanic, que partiu da Inglaterra com destino aos Estados Unidos, mas que acabou naufragando no meio do oceano atlântico. Neste filme o que vem à tona, é o amor impossível, pois Jack é um pobre qualquer e Rose é uma mulher comprometida e de família nobre, mas que mesmo assim vão viver intensamente seu amor.
Kiss Time?
- Como Se Fosse a Primeira Vez (50 Firt Dates, 2004) -

Um problema neurológico divide Henry da mulher que ama, Lucy: todo dia ele tem de convencê-la a amá-lo novamente como na primeira vez que a viu. Dedicar-se a pessoa amada até o fim, ainda que seja preciso deixá-la. Muitos desistem no primeiro problema que encontram, porém, gostamos das pessoas por suas qualidades, mas as amamos por seus defeitos.

- O Melhor Amigo da Noiva (Made of Honor, 2008) -

Creio que este filme possa ser voltado não para o personagem masculino, mas para a mulher que tenta tanto mostrar que o ama e desiste quando encontra alguém que a ame. Às vezes tentamos tanto conquistar uma pessoa que amamos que chegamos a um ponto que percebemos estarmos sendo idiotas e nos aventuramos quando encontramos alguém que faça aquilo que o outro não faz, mas mesmo assim ainda amamos o outro.

- Show de Vizinha (The Girl Next Door, 2004) -

Qual foi a maior loucura que você já fez? Para quem é adolescente e tímido ter uma garota é sempre um problema tanto em questão amorosa, quanto para o orgulho próprio. Matt vai passar por várias aventuras para poder salvar o amor que viveu com a melhor garota que já lhe apareceu, aquela que lhe ativou a viver.

- Efeito Borboleta (The Butterfly Effect, 2003) -

Adam tem o poder de voltar no tempo, porém toda vez que ele o fizer, acarretará na mudança de tudo o que viria pela frente. Fica para se pensar que aquilo que fazemos, mudará tudo, mesmo que seja uma palavra dita ou não, um ato que devíamos ou não ter feito, e que mesmo que pudéssemos voltar no tempo para concertar um erro, outro acabaria acontecendo. Assim como Adam que fez de tudo para salvar aquela que amava, mas a única solução foi nunca ter vivido com ela.

- Antes que Termine o Dia (If Only, 2004) -

Uma intensa decisão mudou todo o rumo do que Ian achara que se sucederia a sua vida: a morte daquela que amava. E ele entregou sua vida ao destino para poder deixá-la viver. O filme aponta para a questão de que nem sempre damos valor a quem amamos e que nos ama. Arrogamos o amor incondicional dessa pessoa, achando que ela vai estar sempre feliz com nossos atos, porém quando a pessoa se vai, vemos o quanto perdemos.

- Antes do Amanhecer; Antes do Pôr do Sol (Before Sunrise, 1995; Before Sunset, 2004) -

Antes do amanhecer conta a história de Jesse, um americano, que conhece Celine, uma francesa, num trem vagando pela Europa. Uma hora ou outra eles vão se separar, cada um irá para seu lado, mas Jesse convida Celine para descerem em Viena e lá passarem a noite passeando pela cidade juntos, antes do amanhecer. No fim eles voltam para suas vidas, porém estão completamente apaixonados, e combinam de se encontrar um ano depois, mas Celine não vai. Nove anos depois Jesse está em Paris promovendo seu livro que escreveu sobre um casal que se conhece num trem e viveu uma noite romântica em Viena. Lá ele volta a encontrar Celine e mais uma vez ele se aventura com ela, dessa vez em Paris, porém, Jesse tem de pegar um avião às 19:30 e voltar para casa, e eles tem mais ou menos uma hora e meia para conversarem, antes do pôr do sol.

- Assassinos por Natureza (Natural Born Killers, 1994) -

Este é o filme de Oliver Stone sobre o amor de dois assassinos que vagam pelo mundo espalhando o caos por onde passam. Roteiro baseado numa história de Quentin Tarantino que tanto foi reivindicada por fãs. Neste filme vemos que até mesmo os mais cruéis assassinos podem viver o seu amor sujo e bandido.

- Sid & Nancy – O Amor Mata (Sid & Nancy - Love Kills, 1986) -

E finalmente a história real de amor punk de Sid Vicious e Nancy Spungen. Filme baseado na união do falecido baixista da banda Sex Pistols e da colega de quarto seguidora da banda. O “amor mata”, pois Sid foi acusado de ter assassinado Nancy num quarto de hotel. Tempos depois, Sid morreu de overdose. Enquanto viveram, seu amor foi bonito e bem, bem bagunçado.


A bela cena do beijo ao lixo!
Concluímos então que de certa forma, o amor muitas vez não nos traz bem nem mal. Ele simplesmente deve ser vivido. Quem quiser entendê-lo ficará louco.

“Love… Love will tear us apart… again”
Joy Division

sábado, 4 de junho de 2011

Antes que Termine o Dia


“- Se soubesse que hoje é o último dia na face da terra, o que você faria?
- Bom, eu compraria sapatos, comeria chocolate, e teria uma aventura com o modelo da Calvin Klein (risos)
- Hum...
- É uma resposta fácil e boba... Eu ficaria com você!"

Alguma vez você já fez algo em que o que mais importasse fosse aquilo que ama?
Seja isso um objeto, um emprego ou uma pessoa.
Dizem que antes de tudo temos que nos amar para podermos amar os outros. Mas o fato de estarmos amando já comprova que somos capazes de expandir nosso amor para além de nós mesmos. Para o bem do próximo.
Amor é uma coisa incondicional e não necessariamente recíproca.
Quando se diz que ama uma pessoa pelo fato dela ser isso ou aquilo, então a questão não é a pessoa, mas sim as suas qualidades ou posses.
Como é bastante usual de muitos hoje em dia, o trabalho é uma das coisas mais importantes na vida, pois é este que trará reconhecimento e retorno econômico. Em outras palavras: sucesso.
Mas e quando você morrer? Ou até mesmo quando você estiver velho, quando não puder fazer nada mais, que diferença vai fazer esse dinheiro todo? A não ser que você teve alguém com quem separou todas suas aventuras, todos os desafios, com quem pôde contar e para quem você pode depositar não só o seu dinheiro, mas também o seu amor.
E se essa pessoa já estiver velha como você, se vocês dois estiverem prontos para partir para o próximo nível, então sim, fez sentido vocês terem todos aqueles filhos agora eles estão educados da melhor forma, e eles tem como se ajudar e ajudar os outros e seguindo esse raciocínio, construirão um mundo melhor.
Otimismo? Até demais para mim mesmo. Mas...

Ian (Paul Nicholls) é um homem que espera conseguir todo o sucesso de sua carreira como se um dia fosse ser imortalizado por isso e por isso, se esquece de algo que está lá acordando com ele todos os dias, sua namorada, Samantha (Jennifer Love Hewitt), que o ama, ama o suficiente para se afastar dele quando acha que seu relacionamento não é mais o melhor para nenhum dos dois, pois dias após dias, tudo o que ele fez foi a ignorar em nome do trabalho.
Um acidente ocorre (talvez até proposital) e Ian assiste impotente.
Durante esse dia trágico, vários acontecimentos se passaram durante a manhã dos dois “amantes”. Coisas pequenas, mas que se acontecessem de novo qualquer um perceberia.
E assim aconteceu.
Ian acordou e encontrou Samantha novamente ao seu lado, viva, e todas as pequenas coisas que normalmente não importavam aconteciam de novo, na mesma sequencia, no mesmo momento e agora essas coisas criam um peso enorme para que fossem tão sem importância e ele dá mais sentido ao perceber que assim como tudo, o principal do dia com certeza vai acontecer: a morte de seu amor.
Ian, então, faz com Sam em um dia tudo o – ou quase – que deveria ter feito durante todo o tempo que estiveram “juntos”.
Antes que termine o dia.
A atemporalidade toma conta da vida do personagem Ian que se vê num pesadelo e num sonho ao mesmo tempo. Porém, o tempo, por mais que seja algo importante, acaba sendo tido como o algo supérfluo quando os dois se vêem amando um ao outro no melhor de cada.
Mas se ele não poderia viver sabendo que seu amor se foi sem a ter amado, como ele poderia perdê-la lembrando de tudo que viveram?






- Antes que Termine o Dia -
-Nome original: If Only
-Gênero: Romance Dramático
-Tema: Relação amorosa
-Duração: Aproximadamente 92 min. (1h e 32 min.)
-Lançamento: 2004
-Origem: EUA, Inglaterra (ambientado em Londres)
-Idioma: Inglês
-Classificação indicativa: Livre para todos os públicos
-Direção: Gil Junger
-Roteiro: Christina Welsh
-Produção: Jill Gilbert, Jeffrey Graup, Jennifer Love Hewitt
-Elenco: Jennifer Love Hewitt, Paul Nicholls, Tom Wilkinson, Lucy Davenport

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Revelação Feminina

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Helena Bohan Carter como Marla Singer
Clube da Luta (Fight Club, 1999)


“Mais um papel estranho de Helena Bohan Carter”? Não concordo. A marginalidade da personagem a torna mais real do que qualquer outro que a atriz já fizera. Assim como Marla, somos todos frustrados por dentro, tristes por uma vida miserável, de propósitos corrompidos, de pessoas perdidas até mesmo quando estão do nosso lado todos os dias. Como Marla, podemos morrer a qualquer instante, a única tragédia é que isso nunca acontece.