terça-feira, 20 de março de 2012

Ia escrever sobre você de novo. Desisti.
Tenho perdido muito tempo com você.
Tenho perdido todo o meu tempo com você.
Me perdi em você. Perdi você. Agora me perco por você.
Perco todo meu tempo com você.
Às vezes perco meu tempo me perguntando se tudo isso é só perda de tempo.
Será que você perde seu tempo comigo?
Isso não é sobre você. Isso é sobre eu tentando pensar em outras coisas.

PC Siqueira – O Incrível Blog do PC.


quinta-feira, 8 de março de 2012

NADA

Nada

Já faz horas. Já faz um dia. Logo fará uma semana. Um mês. Um ano. Que não concretizamos o que idealizamos ser eterno. Já faz um bom tempo que você diz “não te quero”. Num olhar triste. Numa tristeza arrependida. Um arrependimento de decepção. Por ter mais uma vez brincado com meu coração.
O rosto daquele amor para sempre refletido no espelho. Para sempre humilhante e alheio. Indiferente à minha dor. Ignorante a meu apelo. Desviando-se de lágrimas que não mais seguro em completo desespero. Que deixo rolar por meu peito. De meu peito. Em caminhos de estreita sangria. Em cortes de larga agonia.
E o que há comigo? O que tanto me atormenta? O que me faz chorar? O que está a me condenar? Que respostas eu devo ter para te explicar? Responder todas as perguntas a quem se preocupar? O que está a me matar? O vazio eterno de minha alma. Preenchido com mentiras e tormentas furiosas transmitidas por tua mente de insalubre calma.
A face da pena me encara e acena. São várias faces espalhadas pela diversão que tiveste em transformar-me em teu verme. Facilmente me converte. À ilusão de uma paixão. Logo depois a ousar impor a ilusão de um amor.
Tudo o que já lamentei. Tudo o que por ti sacrifiquei. O eu que a ti eu entreguei. Não me fará falta no que que ti obterei.
Nada.
Em falsas palavras regaste um jardim de venenos. Colheste e em meu prato me deste como alimento. E eu plantei por ti tudo de bom que poderia colher. Colhi verdades. Colhi sacrifícios. Colhi meu amor e te dei todo o meu auxílio. Empunhei armas para nos defender. Sucumbi corpos malditos a nossos pés por teu bel prazer. E quando me ofereceste aquele prato de teu alimento, por pena e puro amor a teu existir, viraste de costa e troquei os pratos, entregando o teu próprio veneno a ti.

quarta-feira, 7 de março de 2012

INSANA-MENTE

INSANA-MENTE

Torna-se tão difícil a simples tarefa de raciocinar,
Sob a pressão eminente emanada de teu olhar.
Confunde tudo o que penso faço e sinto.
Funde todas as minhas emoções de mais puro instinto.

Seja tudo longe ou tudo contigo,
Perto de um amante ou mais próximo de um amigo,
Ter-te em mim é sempre um terno eterno conflito.

E estás lá – fincada aqui.
Tatuada a cá em meu corpo.
Cicatrizada na dor que não perdoo.

Cravada onde ninguém jamais arriscaria,
Nem um esmero de centavo
Por um traço de sanidade em vida.
Minha mente nunca foi sã em vida.
A loucura de meus instintos a mata todo o dia.
Todos os dias.

Minha insanidade assassina,
Amargurada por tua afeição doentia,
“Ama a mim” – ela dizia, repetia e confundia.

E teu olhar ainda se perde,
Na escuridão do delírio de meus olhos,
Mas são tuas castanhas polidas
Que vejo a insanidade amamentando-me no colo.

Amo-te tanto quanto amo as outras.
O amor é posto em mim,
Como o corte da mais cega das tesouras.
Não te amo como mulher,
Nem te quero como pessoa
Quero-te como a Ideia,
Sendo eu a outra.
Não quero só te amar.
Quero-te junto a mim,
Como os dois sendo a mesma coisa.
Num texto de sem rima fim.

domingo, 27 de novembro de 2011

Praying Prey (My Daddy's Hunt)

...

It would be wonderful
To laugh while People cries like a fool
I would be sullen fine
If I felt myself alright
With a sweet cool air on my neck
Like the claws of Pyrisantek

Incest, contest
They do it while I'm not there
I get angry and bad
They get dull and sad
Sucking tears to their throats' back

Cry, cry yet
Die, dying beat
My children want to make sex
My father wants to beat me

So I run to don't get inside
Don't want to be into my daddy's mind
To see the non-mystery shot of the gun
To don't be part of my daddy's hunt

I wanna live my scene
I wanna free'em from this
Take them away
From my daddy's sight
Live their way, no matter if they die
Leave the day to a stranger night
Forget to say the true, to don't live for a lie
The face in the mirror, does not look like
The way I walk away from the line

The moon is running still
While our lungs get hot on thrill
Fearing the fear of true
'Cause my daddy knows only one thing to do
His madness has two barrels and won't stop so soon
...
Ted/Lucas
November 27th, 2011

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Um Encontro Com Adão e Eva


Um Encontro com Adão e Eva

Dentro de minha mente soa uma vontade terrível de caminhar pela minha cidade infestada de um pessoal incrivelmente repugnante. A vontade deriva do fato de ser mais de meia-noite; o pessoal repugnante já adentrou seus "lares" e eu escapo do meu.
Vamos dar um passeio em meio à escuridão e a perda de noção. Noção do perigo. Lá fora os drogado esperam inutilmente por uma razão de viver. Crack. Eu passo por eles sem dar a mínima ao cheiro.
Não tomei banho mesmo. Volta e meia um vem me assaltar. Machuco sua perseverança advertindo-lhe que mal tenho as poucas roupas que uso.
Continuo meu rumo finito ao infinito de minha mente. Mas pareço parado do que andando, quando vejo estou correndo. Mas aonde? Por onde? Por quê? Quero nem saber!
Paro quando minhas pernas acusam não dor, mas insatisfação. Respeito seu desejo. Não sou eu o dono delas, mas sim o cansaço.
Quero dar uma olhada naquela faixa fútil de luz que surge do nada de uma casa parecida com a minha.
Aqui era um manicômio.
Aqui eu deveria ter nascido.
Sou um estranho nesta cidade.
Lá dentro uma lanterna piscava no chão, clamando por alcalinas. Ao seu lado, uma imagem fosca de um braço que ia e vinha. Por cima dele uma carne podre entrava e saía de outra podridão. A primeira dizia “não devia ter entrado, sua putinha”, a segunda gemia. Na porta do prédio várias marcas de grafite e tinta exclamavam a proposta de uma “boa foda às 3:33 da manhã”.
O caminho termina na beira da praia. Pela orla de meu olho esquerdo vejo dois novos corpos que caminham juntos, um com o braço canhoto em volta do ombro do outro terminando com a mão no seio esquerdo do outro.
Ele a beija, ele diz que a ama, mas seu nariz ergue-se acima das nuvens. Seu amor é orgulho. Não de ter uma das meninas mais lindas que já vi, mas de ter sua “masculinidade” comprovada, pois ele a tem, seu braço a puxa e se apóia durante a caminhada, mas não a ajuda a caminhar; ele a possui e olha para a próxima que passa por eles, ela não liga, pois sabe que o ama muito para deixá-lo, e por isso ele olha, pois ela sempre vai estar lá como um estepe.
Mas num milésimo de segundo enquanto passam por mim, o olhar frágil, triste e confuso da bela garota, escala na minha direção e se fixa no meu olhar. Seus orbes penetram no meu, e eu transpasso a ela tudo o que pensei por ter deixado seu olhar transpassar a mim sua posição em relação àquela relação. Ela se envergonha.
Ele parte para cima de mim, gritando, impondo-se a si mesmo um caráter patético de macho. Eu nada digo. Apenas deixo o recinto em plena audição. Sempre fiz isso.
Não lutei por mim mesmo, por que lutaria por ela?
Ele continua a gritar e dá uma tapa nela chamando-a de vadia.
E então respondo a mim mesmo que a amo.
Espatifo a imagem do patife contra o chão feito de areia.
Lá mesmo ele se enterra.
Ela pede socorro. Ela corre.
Ainda assim, não sou merecedor de um pouco de amor. Fervo diante da ideia. É a manhã se aproximando de novo, querendo com o sol iluminar minha idiotice e revelar a hipocrisia dos que estão para acordar, não quero estar aqui para ver, sou só mais um deles que resolveu sair à noite, que resolveu agir inutilmente por uma causa além da sua própria. Vamos lá dormir de novo. Vamos sonhar mais um pouco. E chamar tudo que é diferente de louco.


Ted/Lucas
Novembro 8º, 2011

© Messed Room

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Amor Não Deveria Rimar Com Dor

Amor Não Deveria Rimar Com Dor

O que sinto por ti não deveria ser o que sentes por mim?
Minha esperança não deveria ser por vingança.
Minha paz não deveria ser só mais um "mas".
Amor não deveria rimar com dor

Pois então estão do jeito que são. Meu corpo e alma vagam no mundo em eterna solidão. Meus sonhos vêm, meus sonhos vão. Minha esperança por nós é para você mais um sonho em vão. Uma doce e assassina ilusão. Injúrias da mente enviadas ao coração.

 Uma vida perdida de um amor sem calor. O frio da morte em todo o seu rancor. À beira do túmulo meu corpo em estupor clama pela existência de um Senhor. Uma carta escrita em prosa de dor. Numa tinta sanguínea, mas de aparente morte-cor. Murchando para mim, mas dando-te a felicidade, deixei de entregar minha última flor.

E assim deve ser para não mais te magoar. E assim deve ser para você não mais me culpar. Mas essas culpas eu devo sempre por ti carregar. Essas culpas nunca deverão me deixar. E depois de um tempo, com sorte, a ignorância talvez venha me visitar para uma vez só a sua imagem de meu corpo venha a se apagar. Como apagado fui dos olhos Dele, que fez questão de me abandonar e me castigou fazendo-me te amar.

Lucas Tomé
8 de setembro de 2011

quinta-feira, 21 de julho de 2011

FILMES, BANDAS, OBRAS-PRIMAS

FILMES DE BANDAS E SUAS PRINCIPAIS OBRAS

Esta postagem selecionaria os filmes-biografias de bandas ou de um artista de uma banda. Mas na verdade não há “muito” o que se postar, portanto resolvi por os melhores que encontrei.

- CAZUZA – O TEMPO NÃO PARA (2004) -
Cartaz do filme.
Encabeçando a curta lista, o brasileiro Cazuza de 2004 dirigido por Sandra Werneck e Walter Carvalho, e com roteiro por Fernanda Bonassi e Victor Navas, baseado no livro Cazuza, Só As Mães São Felizes, escrito por Lucinha Araújo (Mãe de Cazuza) e pela jornalista Regina Echeverria. Em homenagem a uma das maiores imagens do rock já tida no Brasil, este filme relata a vida de Cazuza, até sua morte em 1990, passando claramente pelas drogas, pelo sexo bissexual e claro… Rock’n’roll. Primeiramente integrante do Barão Vermelho, Cazuza deixou a banda para seguir carreira solo, foi neste momento que ele obteve maior crédito por suas canções inteligentes, poéticas e – para quem soubesse não só ouvir, mas entender – reveladoras àquela época e de certa forma, até hoje.

Cena do filme.

Provavelmente não há como dizer qual álbum da vida musical de Cazuza é o melhor, porém Exagerado e Ideologia são dois que muito marcaram trazendo dentro de si as músicas de mesmo nome que ainda hoje são escutadas e conhecidas mesmo muitos ignorem suas origens achando estas serem apenas fundo de comercial de televisão.

Capa do álbum Exagerado.

Capa do álbum Ideologia

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- THE RUNAWAYS – AS GAROTAS DO ROCK (The Runaways, 2010) -
Pôster do filme fazendo referência à canção
Cherry Bomb (Cereja Bomba)
Este filme conta a história da banda dos anos 1970 nos Estados Unidos, The Runawyas. Envolta numa área primordialmente masculina, o Rock, a banda era composta totalmente de mulheres. O filme teve como diretor e roteirista Floria Sigismondi baseado no livro Neon Angel: A Memoir Of The Runaways escrito por Cherie Currie a vocalista da banda interpretada no filme por Dakota Fanning, o elenco conta também com Kristen Stewart, Stella Maeve, Scout Taylor-Compton.

Cena do filme.
O principal álbum da banda deve ter sido o seu primeiro, The Runaways de 1976 que inclui a canção Cherry Bomb, grande sucesso da banda e pôster do filme.

Capa do álbum The Runaways, de1976.

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- CONTROL – A VIDA DE IAN CURTIS (Control, 2007) -
Cartaz promocional do filme.

Uma área onde mulheres judias eram mantidas prisioneiras para servirem de objeto sexual aos nazistas, a “Divisão da Alegria” essa é a origem do nome definitivo escolhido pela banda Joy Division. O filme foi dirigido por um fã da banda, Anton Corbijn, roteiro de Matt Greenhalgh, baseado no livro Touching From a Distance de Deborah Curtis (mulher de Ian). O filme tem sua bela fotografia toda em preto e branco, o que aproxima ainda mais do clima às vezes psicodélico da banda, porém isto não ficou bem exposto no filme o que não faz do filme menos do que é. O título do livro faz referência à canção “Transmission”, já o título do filme faz referência a canção “She’s Lost Control”, a história é de que uma das clientes de Ian na agência de empregos onde trabalhava, teve um ataque epiléptico e morreu posteriormente em outro ataque, Ian sofria de ataques epilépticos também.

Cena do filme.

Joy Division foi uma banda de dois álbuns apenas, Unknow Pleasures de 1979 que traz as canções She’s Lost Control e Shadowplay, e Closer de 1980 que traz a canção Heart And Soul. Mesmo assim, talvez o mais conhecido álbum da banda seja na verdade uma compilação, “Substance” de 1988, após a morte de Ian, que traz a canção Transmission. Joy Division teve influência provinda de Iggy Pop, Sex Pistols, David Bowie, Velvet Underground e The Doors. Uma grande característica da banda é seu estilo; lembra uma banda militar (muitas canções e até mesmo o nome da banda, falam sobre militarismo), a bateria de Stephen Morris principalmente.

Capa do álbum Substance, de 1988.

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- SID & NANCY – O AMOR MATA (Sid & Nancy ou Sid & Nancy – Love Kills, 1986) -
Cartaz do filme.

Romeu e Julieta de calças rasgadas e casacos de couro. Este filme retrata a época do surgimento de um novo estilo musical, o Punk Rock, relatando a vida do punk mais famoso, Sid Vicious, baixista da banda punk mais famosa, Sex Pistols que ia muito bem até Sid conhecer Nancy Spungen com quem dividiu seu momentos de rebeldia envolto de drogas e loucuras cheias de brigas e reviravoltas. O envolvimento com Nancy acabou por afastar Sid da banda. Nancy morreu devido a uma facada no abdômen, no Chelsea Hotel, supostamente assassinada por Sid que foi preso e após ser solto veio a suicidar-se por overdose de heroína. O filme expõe vários momentos de Sid com Nancy e o quanto, por mais que se maltratassem, se amavam muito. O filme conta como diretor Alex Cox, e como elenco Gary Oldman, Chloe Webb, David Hayman, Courtney Love.

Foto promocional de Sid (Gary Oldman) e Nancy (Choe Webb).

Sex Pistols não passaram de um álbum de estúdio, Never Mind The Bollocks – Here’s The Sex Pistols. Porém com este álbum surge o hino do punk rock, Anarchy for the UK, junto de God Save The Queen. Logo depois surgiu a compilação Kiss This, onde novas músicas foram introduzidas, incluindo “My Way”, cantada por Sid Vicious.

Capa do álbum.

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- THE DOORS (1991) -
Cartaz do filme.

Provavelmente este é o mais famoso e repercutido de todos os filmes biográficos de bandas, mesmo sendo mais voltado para o vocalista, mas sem Jim Morrison não há The Doors, tanto que a banda ainda tentou, mas não deu tão certo. Desde o acidente na estrada quando ainda era criança que marcou a vida de Jim Morrison, até o seu fim em Paris, o filme não cronológico de Oliver Stone capta vários momentos da vida da banda e de seu vocalista, mesmo tendo vários pontos falhos de associação dos fatos reais, deve-se perceber que este é apenas um filme baseado, apenas baseado na história da banda, não se deve comparar milimetricamente as duas histórias, até por que, quem melhor poderia contá-la, perdeu seu membro principal. Porém mesmo conflitando com a realidade, o filme dimensiona bem o âmbito do que eram os Doors. Jim, que antes se intimidava de cantar uma canção a frente de seu amigo, tornou-se o maior ídolo do Rock nos Estados Unidos. Usando de sua ousadia, seus shows sempre acabavam tendo tumultos e até mesmo, a prisão de Jim. Depois de um dos shows dos Doors, Jim acabou perdendo crédito e decidiu desistir da banda e ir morar em Paris com Pam. Onde termina o filme com a morte de Jim Morrison. O filme foi dirigido por Oliver Stone, teve como elenco principal, Val Kilmer, Meg Ryan, Kyle MacLachlan, Frank Whaley, Kevin Dillon, Kathleen Quinlan.

Cena da prisão de Jim Morrison.

Dizem que se os Doors tivessem feito apenas o primeiro álbum, ainda sim teriam sido o marco do Rock, e realmente, esse álbum contém muitas das melhores, porém muitas das mais famosas canções da banda, o que faz parecer que o resto não tem importância, isto é totalmente falso, lembrando que a canção que tornou o grupo famoso e que era pedida em todos os shows, Light My Fire, na verdade foi composta por Robby Krieger (o guitarrista), não por Morrison e sofreu várias alterações até chegar ao seu modelo final. No filme, o álbum The Soft Parade é desprezado sendo comentado como os “Doors se vendendo”. Porém, o álbum não parece perder a fidelidade pelo estilo da banda. Neste foram introduzidos outros elementos musicais, como já foi feito antes (em Break On Through, a melodia inicial e que segue é Bossa Nova), há também a introdução de novos instrumentos como o saxofone. Destaca-se do álbum as canções Tell All the People, Touch Me e The Soft Parade.

Capa do álbum The Soft Parade, de 1969.