FILMES DE BANDAS E SUAS PRINCIPAIS OBRAS
Esta postagem selecionaria os filmes-biografias de bandas ou de um artista de uma banda. Mas na verdade não há “muito” o que se postar, portanto resolvi por os melhores que encontrei.
- CAZUZA – O TEMPO NÃO PARA (2004) -
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Cartaz do filme. |
Encabeçando a curta lista, o brasileiro Cazuza de 2004 dirigido por Sandra Werneck e Walter Carvalho, e com roteiro por Fernanda Bonassi e Victor Navas, baseado no livro Cazuza, Só As Mães São Felizes, escrito por Lucinha Araújo (Mãe de Cazuza) e pela jornalista Regina Echeverria. Em homenagem a uma das maiores imagens do rock já tida no Brasil, este filme relata a vida de Cazuza, até sua morte em 1990, passando claramente pelas drogas, pelo sexo bissexual e claro… Rock’n’roll. Primeiramente integrante do Barão Vermelho, Cazuza deixou a banda para seguir carreira solo, foi neste momento que ele obteve maior crédito por suas canções inteligentes, poéticas e – para quem soubesse não só ouvir, mas entender – reveladoras àquela época e de certa forma, até hoje.
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Cena do filme. |
Provavelmente não há como dizer qual álbum da vida musical de Cazuza é o melhor, porém Exagerado e Ideologia são dois que muito marcaram trazendo dentro de si as músicas de mesmo nome que ainda hoje são escutadas e conhecidas mesmo muitos ignorem suas origens achando estas serem apenas fundo de comercial de televisão.
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Capa do álbum Exagerado. |
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Capa do álbum Ideologia |
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- THE RUNAWAYS – AS GAROTAS DO ROCK (The Runaways, 2010) -
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Pôster do filme fazendo referência à canção
Cherry Bomb (Cereja Bomba) |
Este filme conta a história da banda dos anos 1970 nos Estados Unidos, The Runawyas. Envolta numa área primordialmente masculina, o Rock, a banda era composta totalmente de mulheres. O filme teve como diretor e roteirista Floria Sigismondi baseado no livro Neon Angel: A Memoir Of The Runaways escrito por Cherie Currie a vocalista da banda interpretada no filme por Dakota Fanning, o elenco conta também com Kristen Stewart, Stella Maeve, Scout Taylor-Compton.
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Cena do filme. |
O principal álbum da banda deve ter sido o seu primeiro, The Runaways de 1976 que inclui a canção Cherry Bomb, grande sucesso da banda e pôster do filme.
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Capa do álbum The Runaways, de1976. |
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- CONTROL – A VIDA DE IAN CURTIS (Control, 2007) -
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Cartaz promocional do filme. |
Uma área onde mulheres judias eram mantidas prisioneiras para servirem de objeto sexual aos nazistas, a “Divisão da Alegria” essa é a origem do nome definitivo escolhido pela banda Joy Division. O filme foi dirigido por um fã da banda, Anton Corbijn, roteiro de Matt Greenhalgh, baseado no livro Touching From a Distance de Deborah Curtis (mulher de Ian). O filme tem sua bela fotografia toda em preto e branco, o que aproxima ainda mais do clima às vezes psicodélico da banda, porém isto não ficou bem exposto no filme o que não faz do filme menos do que é. O título do livro faz referência à canção “Transmission”, já o título do filme faz referência a canção “She’s Lost Control”, a história é de que uma das clientes de Ian na agência de empregos onde trabalhava, teve um ataque epiléptico e morreu posteriormente em outro ataque, Ian sofria de ataques epilépticos também.
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Cena do filme. |
Joy Division foi uma banda de dois álbuns apenas, Unknow Pleasures de 1979 que traz as canções She’s Lost Control e Shadowplay, e Closer de 1980 que traz a canção Heart And Soul. Mesmo assim, talvez o mais conhecido álbum da banda seja na verdade uma compilação, “Substance” de 1988, após a morte de Ian, que traz a canção Transmission. Joy Division teve influência provinda de Iggy Pop, Sex Pistols, David Bowie, Velvet Underground e The Doors. Uma grande característica da banda é seu estilo; lembra uma banda militar (muitas canções e até mesmo o nome da banda, falam sobre militarismo), a bateria de Stephen Morris principalmente.
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Capa do álbum Substance, de 1988. |
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- SID & NANCY – O AMOR MATA (Sid & Nancy ou Sid & Nancy – Love Kills, 1986) -
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Cartaz do filme. |
Romeu e Julieta de calças rasgadas e casacos de couro. Este filme retrata a época do surgimento de um novo estilo musical, o Punk Rock, relatando a vida do punk mais famoso, Sid Vicious, baixista da banda punk mais famosa, Sex Pistols que ia muito bem até Sid conhecer Nancy Spungen com quem dividiu seu momentos de rebeldia envolto de drogas e loucuras cheias de brigas e reviravoltas. O envolvimento com Nancy acabou por afastar Sid da banda. Nancy morreu devido a uma facada no abdômen, no Chelsea Hotel, supostamente assassinada por Sid que foi preso e após ser solto veio a suicidar-se por overdose de heroína. O filme expõe vários momentos de Sid com Nancy e o quanto, por mais que se maltratassem, se amavam muito. O filme conta como diretor Alex Cox, e como elenco Gary Oldman, Chloe Webb, David Hayman, Courtney Love.
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Foto promocional de Sid (Gary Oldman) e Nancy (Choe Webb). |
Sex Pistols não passaram de um álbum de estúdio, Never Mind The Bollocks – Here’s The Sex Pistols. Porém com este álbum surge o hino do punk rock, Anarchy for the UK, junto de God Save The Queen. Logo depois surgiu a compilação Kiss This, onde novas músicas foram introduzidas, incluindo “My Way”, cantada por Sid Vicious.
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Capa do álbum. |
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- THE DOORS (1991) -
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Cartaz do filme. |
Provavelmente este é o mais famoso e repercutido de todos os filmes biográficos de bandas, mesmo sendo mais voltado para o vocalista, mas sem Jim Morrison não há The Doors, tanto que a banda ainda tentou, mas não deu tão certo. Desde o acidente na estrada quando ainda era criança que marcou a vida de Jim Morrison, até o seu fim em Paris, o filme não cronológico de Oliver Stone capta vários momentos da vida da banda e de seu vocalista, mesmo tendo vários pontos falhos de associação dos fatos reais, deve-se perceber que este é apenas um filme baseado, apenas baseado na história da banda, não se deve comparar milimetricamente as duas histórias, até por que, quem melhor poderia contá-la, perdeu seu membro principal. Porém mesmo conflitando com a realidade, o filme dimensiona bem o âmbito do que eram os Doors. Jim, que antes se intimidava de cantar uma canção a frente de seu amigo, tornou-se o maior ídolo do Rock nos Estados Unidos. Usando de sua ousadia, seus shows sempre acabavam tendo tumultos e até mesmo, a prisão de Jim. Depois de um dos shows dos Doors, Jim acabou perdendo crédito e decidiu desistir da banda e ir morar em Paris com Pam. Onde termina o filme com a morte de Jim Morrison. O filme foi dirigido por Oliver Stone, teve como elenco principal, Val Kilmer, Meg Ryan, Kyle MacLachlan, Frank Whaley, Kevin Dillon, Kathleen Quinlan.
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Cena da prisão de Jim Morrison. |
Dizem que se os Doors tivessem feito apenas o primeiro álbum, ainda sim teriam sido o marco do Rock, e realmente, esse álbum contém muitas das melhores, porém muitas das mais famosas canções da banda, o que faz parecer que o resto não tem importância, isto é totalmente falso, lembrando que a canção que tornou o grupo famoso e que era pedida em todos os shows, Light My Fire, na verdade foi composta por Robby Krieger (o guitarrista), não por Morrison e sofreu várias alterações até chegar ao seu modelo final. No filme, o álbum The Soft Parade é desprezado sendo comentado como os “Doors se vendendo”. Porém, o álbum não parece perder a fidelidade pelo estilo da banda. Neste foram introduzidos outros elementos musicais, como já foi feito antes (em Break On Through, a melodia inicial e que segue é Bossa Nova), há também a introdução de novos instrumentos como o saxofone. Destaca-se do álbum as canções Tell All the People, Touch Me e The Soft Parade.
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Capa do álbum The Soft Parade, de 1969. |